Hamas viola acordo, mata soldado, e Israel responde com novo bombardeio

A Força Aérea de Israel lançou uma série de ataques intensos na Faixa de Gaza em resposta à morte do sargento-mestre da reserva Yonah Efraim Feldbaum, de 37 anos, em um ataque do Hamas em Rafah. O governo israelense caracterizou a ofensiva como uma reação direta à violação do cessar-fogo pelo grupo armado.

Em um comunicado do Gabinete do Primeiro-Ministro, Benjamin Netanyahu ordenou “ataques imediatos e contundentes” contra alvos do Hamas após discussões com a liderança de segurança. A decisão foi tomada horas depois que o governo israelense confirmou que os restos mortais entregues pelo Hamas na segunda-feira não eram de novas vítimas, mas sim fragmentos de um refém previamente identificado no início do conflito.

Imagens de drones divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) mostraram que o grupo palestino simulou uma falsa operação de escavação diante de representantes da Cruz Vermelha, o que Israel considerou uma explícita violação do acordo vigente.

Ataques e vítimas em Gaza

Fontes locais relataram bombardeios em diversas regiões da Faixa de Gaza, especialmente nas áreas centrais e meridionais. A agência de defesa civil de Gaza, controlada pelo Hamas, informou que pelo menos 50 pessoas perderam a vida durante os ataques noturnos.

As forças israelenses afirmaram que as operações têm como foco infraestruturas terroristas e túneis subterrâneos utilizados pelo Hamas, particularmente na região de Rafah. O Batalhão de Reconhecimento Nahal está atuando no local para identificar e neutralizar possíveis células armadas.

O Sargento Feldbaum

Feldbaum, que fazia parte do Corpo de Engenharia de Combate, atuava como operador de máquinas pesadas na Divisão de Gaza. Natural de Zayit Raanan, na Samaria, ele deixa esposa e cinco filhos.

Investigações iniciais da IDF indicam que terroristas dispararam contra uma escavadeira militar no bairro de Jenina, em Rafah. Logo em seguida, a mesma célula teria atacado um veículo blindado com foguetes RPG, sem causar outras vítimas. Os agressores se evadiram do local, e as forças de segurança israelenses continuam a busca pelos responsáveis.

Embora o bairro esteja dentro da Linha Amarela, sob controle israelense, a IDF acredita que terroristas ainda possam estar ocultos na área, possivelmente próximos a um túnel não descoberto. As autoridades militares consideram provável que novos ataques ocorram enquanto a operação de busca prossegue.

Acusações e impasse

Israel responsabilizou o Hamas pelo ataque, mas o grupo negou qualquer envolvimento. A organização também anunciou o adiamento da entrega de restos mortais de reféns, alegando “violações” do cessar-fogo por parte de Israel.

As autoridades israelenses acusam o Hamas de atrasar deliberadamente as devoluções para estender o período de trégua. Segundo o governo, nenhum corpo foi liberado em mais de uma semana, apesar do prazo de 48 horas estipulado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início da semana.

Após os ataques israelenses, Trump expressou sua convicção de que o cessar-fogo ainda está em vigor, mas defendeu o direito de Israel de retaliar. “Eles mataram um soldado israelense. Então, os israelenses revidaram. E eles devem revidar”, declarou a bordo do Air Force One na noite de terça-feira, segundo o The Christian Post.

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