Furacão Melissa deixa um rastro de destruição e 28 mortes na Jamaica.

O furacão Melissa, classificado como um dos mais poderosos já registrados na região, resultou na morte de pelo menos 28 pessoas na Jamaica, de acordo com uma atualização feita pelo primeiro-ministro Andrew Holness nas redes sociais no último sábado, 1º de novembro.

“O governo jamaicano está profundamente triste em confirmar 28 mortes associadas ao furacão Melissa”, escreveu Holness no X. Ele também mencionou que “estão sendo investigadas outras informações que podem indicar mais vítimas”.

Melissa devastou amplas áreas da Jamaica e causou inundações severas em partes do Haiti e de Cuba. Estimativas preliminares indicam que cerca de 60 pessoas perderam a vida em todo o Caribe desde o início da semana, quando o fenômeno começou sua trajetória pela região.

Pedido de assistência

Em face da magnitude da destruição no oeste da Jamaica, o secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou a necessidade de uma resposta global coordenada. Em um comunicado divulgado no domingo, 2 de novembro, o porta-voz de Guterres informou que o líder “faz um apelo pela mobilização de recursos significativos para lidar com as perdas e danos causados pelo furacão”.

O Fundo Central de Resposta a Emergências (CERF) da ONU disponibilizou US$ 4 milhões para que suas agências e parceiros acelerem as operações humanitárias na ilha. As iniciativas incluem o envio de equipes médicas, alimentos, água potável e apoio logístico às comunidades mais afetadas.

Agências evangélicas organizam o envio de ajuda às vítimas do furacão Melissa

Furacão mais potente em décadas

Melissa alcançou a Jamaica na terça-feira, 29 de outubro, como categoria 5, o mais alto na escala Saffir-Simpson, com ventos de até 300 km/h. Foi o furacão mais intenso a atingir a Jamaica em 90 anos, superando em impacto o furacão Gilbert de 1988.

O economista Chuck Watson, da Enki Research, afirmou à Bloomberg que as consequências econômicas são “devastadoras”. As perdas estimadas giram em torno de US$ 7,7 bilhões, o que representa cerca de 35% do PIB da Jamaica. Watson ressaltou que a magnitude dos danos se deve à lentidão do movimento do ciclone e ao alto nível de umidade, fatores que intensificaram a destruição de residências, edifícios e infraestruturas essenciais.

Resposta internacional

Vários países ativaram suas respostas humanitárias. O Departamento de Estado dos EUA informou, através da Bloomberg, que equipes de emergência foram enviadas à Jamaica, Haiti e Bahamas para auxiliar na gestão da crise e na distribuição de alimentos, água e suprimentos de abrigo.

O Reino Unido também anunciou o envio de um navio da Marinha Real e equipes de resposta rápida, comprometendo-se a oferecer “apoio total” à Jamaica, segundo o primeiro-ministro Keir Starmer. Além disso, empresas e organizações privadas têm contribuído com as operações: a Starlink, de Elon Musk, está fornecendo comunicação via satélite para áreas isoladas da ilha.

Em Cuba, onde o furacão chegou como categoria 3 na quarta-feira, 30 de outubro, não há balanço oficial de vítimas, mas milhões de pessoas foram afetadas por apagões, danos em residências, interrupções no transporte e falhas de comunicação. O ministro da Saúde cubano informou que o país receberá hospitais de campanha com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), além de assistência de Espanha, Canadá e Índia.

Melissa é o 13º ciclone da temporada atlântica de 2025, juntando-se a furacões como Erin, Gabrielle, Humberto e Imelda, e a tempestades tropicais como Andrea, Barry, Chantal, Dexter, Fernand, Jerry, Karen e Lorenzo. Destes fenômenos, apenas Chantal alcançou os Estados Unidos, em julho, resultando em duas mortes na Carolina do Norte.

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